quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Já não há barbeiros...

Já não há barbeiros

Nem cadeiras de barbeiro,

Onde nos possamos sentar

E olhar, o olhar do nosso olhar

Reflectido no espelho

Da cadeira do barbeiro,

Onde rasam tesouras rente às orelhas,

Enquanto nos sentamos

Na cadeira do barbeiro,

E pensamos em tudo e em tudo

Porque temos tempo para pensar

Para reflectir e analisar

Quando estamos sentados

Na cadeira do barbeiro,

Sem outro remédio senão

Fitarmo-nos continuamente

E ver quem fomos, quem somos

E quem viremos a ser

Num mundo onde já não há

Cadeiras de barbeiro.


Por: Tiago Santos

3 comentários:

Unknown disse...

lol muita forte grande mestre. um abraço do teu amigo. ainda ha cadeiras de barbeiro, no entanto.. poucas mas há. aheeeee heee

ointeriordascoisas disse...

Com tanta coisa bonita que tens para deitar cá para fora...tás a ser preguisoço! Escreve mais que eu gosto!

Anónimo disse...

ahum belo poema